A engenharia genética pode mudar a minha vida com diabetes

Publicado em: 21/03/2022

A engenharia genética pode mudar a minha vida com diabetes

Há quase 30 anos, convivo com cálculos matemáticos precisos de insulina para o controle da minha glicemia. Imagina quando isso não for mais necessário?

Por Rafael Ferreira*

Descobri que tinha Diabetes Mellitus 1, DM1, aos 6 anos de idade. Hoje tenho 34.

São 28 anos buscando alternativas que contribuam para que minha glicemia passe a maior parte do dia estável. 

DM1, diabetes, insulina, glicemia

*Rafael Ferreira convive com a Diabetes Mellitus 1 há 28 anos e criou o Diabeticando, um portal com conteúdos diários, podcast e encontros entre diabéticos do mundo todo. A ideia é contribuir para que as pessoas tenham melhor qualidade de vida, mostrando que juntas esse processo fica muito mais prazeroso

Há muito tempo sei que o manejo ideal do meu quadro requer insulinas de ação longa, insulinas de ação rápida e insulinas de ação intermediária, administradas cada qual a seu momento. 

Apesar de isso tudo ser bem chato de ser calculado, é necessário e libertador ter todo esse conhecimento sobre o tratamento, pois isso me dá a possibilidade de comer o que eu quiser na hora que eu quiser. Quer dizer, eu tenho que tomar insulina e esperar 15-20 minutos para comer, mas ainda assim…

No entanto, há muitas pesquisas genéticas em andamento envolvendo o diabetes, com previsão de estarem acessíveis daqui a 20 anos. Por meio de um profundo entendimento de como a glicose funciona, elas prometem contribuir para que a máquina humana, o nosso corpo, faça sozinha o manejo adequado da glicose no sangue. 

A interligação entre a engenharia genética e a evolução tecnológica propõe, ainda, soluções como o monitoramento contínuo do quadro e ferramentas que interpretam o cálculo que deveria ser feito pelo pâncreas e o traduzem numa expressão matemática que maneje eficientemente o controle glicêmico, sem interação humana.

O Rafael com os seus 50 e poucos anos vai ser o primeiro da fila para essa tão prometida liberdade, sem precisar fazer cálculos mirabolantes para poder comer o que quero, na hora que eu quero. 

“A diabetes nunca me limitou em nada, nem me impediu de ter ou realizar qualquer sonho, pelo contrário. Mas é claro que, a partir do avanço das descobertas em genética, eu começo a ter sonhos. Sonhos de chocolate e de brigadeiro, rsrs…”

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