A inovação como responsabilidade social das lideranças

Publicado em: 22/04/2021

A inovação como responsabilidade social das lideranças

No modelo, negócios passam a ser menos autocentrados e mais ativos como promotores de uma nova sociedade igualitária

Por Rodrigo Guerra*

Você já reparou em como o empreendedorismo, a criatividade e a inovação são ferramentas relevantes ao desenvolvimento econômico e à redução da desigualdade social?  É que cada vez que práticas como a iniciativa pessoal, os investimentos e a criação de negócios ou ideias inovadoras são incitadas, estamos colaborando para que a economia alcance um patamar superior e, assim, gere mais empregos e promova inclusão social. E o tempo em que vivemos ainda traz a vantagem de que tudo isso pode acontecer de forma acelerada no mundo digital. 

Nessa proposta, os negócios passam a ser menos autocentrados e mais ativos como promotores de uma nova sociedade, mais igualitária. E cabe às lideranças serem cada vez mais responsáveis por encontrar formas de inserir essa nova abordagem na cultura das empresas.

Tomemos como exemplo a inovação. Ela deve se tornar, portanto, um propósito de vida do líder, e não apenas mais uma forma de gerar lucro e longevidade para a empresa. Já existe até um nome para essa nova atribuição: liderança sustentável. Ela é caracterizada por integrar três pilares em seu modelo de negócio: econômico, ambiental e social. O objetivo maior é o fortalecimento da imagem perante a comunidade e, para isso, é preciso repensar hábitos ultrapassados, mudar aquilo que for necessário e manter as novas rotinas ativas por um bom tempo. 

Esse ambiente, culturalmente ávido por experimentar o novo e com a cabeça aberta para abandonar velhas práticas, é o caminho para o desenvolvimento econômico e a inclusão social.

De um lado temos as pessoas, de todas as faixas etárias e estratos sociais, mais abertas para experimentar o novo e reinventar as relações. Do outro, temos uma campo aberto para o empreendedorismo que nos propicia sermos agentes ativos nessa jornada. 

Especificamente no Brasil, podemos dizer que há empresas que já iniciaram o processo de adoção da responsabilidade social como uma prática cultural da organização, mas penso que os tomadores de decisões ainda precisam definir estratégias para que as ideias façam parte do negócio. Não dá mais para esperar que apenas o governo seja responsável pelas urgentes demandas sociais que vivemos, as empresas devem assumir esse papel em suas comunidades. 

O único senão é que tudo isso só funciona se nós, como sociedade, atuamos como seres ativos na implantação dessas ideias. O momento nos pede uma postura crítica para sermos agentes definidores do caminho a ser trilhado.

*Rodrigo Guerra é especialista em finanças e inovação. Atualmente vivencia um profundo mergulho na jornada do autoconhecimento – que deve trazer novidades em breve

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