A transformação da Saúde não é simples, mas é possível – e vou te contar como fizemos na CNU

Publicado em: 18/11/2020

A transformação da Saúde não é simples, mas é possível – e vou te contar como fizemos na CNU

Recentes prêmios concedidos pela Exame e pela ISTOÉ Dinheiro à Central Nacional Unimed provam que mudar dá resultado quando o foco é a qualidade de vida das pessoas

Por Rodrigo Guerra* 

Tomar decisões com o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas em primeiro lugar é – ou deveria ser – uma premissa básica de toda instituição de Saúde. Mas, na prática, não é uma tarefa simples, embora seja fundamental para promover a transformação do setor.

Foi tendo como foco o beneficiário que, ao longo dos últimos três anos, participei de uma série de mudanças na Central Nacional Unimed (CNU), primeiro como superintendente administrativo financeiro e, desde o início de 2020, como superintendente executivo. Promover essas transformações nem sempre foi fácil, e me lembrou do processo de encaixotar minha mudança do Espírito Santo para São Paulo. Percebi que tinha coisas demais, e que não usava várias delas, mas, mesmo assim, tive dificuldades em me desfazer de alguns itens. Na transformação de uma empresa, muitas vezes a percepção é a mesma: é preciso desapego e foco na transformação. 

Nesse sentido, nosso primeiro passo foi uma reformulação da estrutura administrativa. Além de readequação dos custos fixos, como mudanças físicas em nossos escritórios para que ficássemos melhor dimensionados, incorporamos soluções tecnológicas para o atendimento aos clientes, tais como agendamento de consultas online e pedidos de reembolsos digitais, entre outros. 

Ao mesmo tempo em que organizamos a casa da porta para dentro, também mudamos da porta para fora com a reformulação da rede de atendimento. Refizemos o contrato com praticamente todos os nossos prestadores, considerando, também, fatores qualitativos na definição das remunerações. Contratos que não garantiam qualidade e segurança assistencial foram cancelados. 

Essas mudanças ajudaram a equilibrar as contas após um período conturbado, que trouxe grande prejuízo de imagem às Unimeds. Em São Paulo, por exemplo, havia um legado negativo difícil de reverter. Afinal, quando uma operadora quebra, o impacto mais drástico é deixar o beneficiário desamparado. Chegar ao hospital e ter o atendimento negado por irresponsabilidade da operadora é um dos piores cenários imagináveis para o paciente.

Mas a ideia aqui é olhar para o futuro. E hoje posso dizer: nós conseguimos reverter esse quadro. Nossas iniciativas de recuperação da marca e reformulação de produtos trouxeram bons resultados, e formamos uma sólida carteira de 2017 para cá. Também colocamos as nossas contas em dia: as reservas de que dispomos agora garantem solidez, performance econômica e dão segurança a quem contrata um de nossos planos. 

E no meio de tudo isso, seguimos investindo em responsabilidade social – o Instituto Central Nacional Unimed, responsável por investimentos em projetos sociais e ambientais da cooperativa, e o curso gratuito oferecido pela entidade para formação de cuidadores de idosos são só alguns exemplos.

Essas mudanças foram reconhecidas recentemente pelo mercado: fomos premiados hoje (19/11) pela Revista Exame com o primeiro lugar do ranking do setor serviços de Saúde. É a primeira vez que uma Unimed ocupa essa posição na “Melhores & Maiores” da publicação. Soma-se a isso a premiação que recebemos da ISTOÉ Dinheiro em outubro: primeiro lugar no ranking de responsabilidade social e segundo em sustentabilidade financeira.

São provas de que é possível prezar pelo atendimento e pela segurança das pessoas sem comprometer a solidez econômica ou deixar de lado propósitos e princípios transformadores. Esse resultado não é só meu, mas de cada um dos colaboradores das 323 cooperativas do Sistema Unimed espalhadas pelo Brasil, que atendem com muita responsabilidade e respeito a quase 18 milhões de pessoas. E ele não é único. Essas mudanças garantem a melhor assistência aos nossos beneficiários exatamente com os recursos necessários para isso. É gerar valor na essência. 

A principal lição que fica de todo esse processo é que a transformação é, sim, possível. E ela acontece quando conseguimos encaixotar na mudança apenas aquilo que será, de fato, necessário no novo lar. Pode até doer, mas, como disse Sigmund Freud, “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”. 

*Rodrigo Guerra é especialista em finanças e inovação em Saúde. Atua como superintendente executivo da Central Nacional Unimed, operadora nacional do Sistema Unimed.

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