Um papo sincero sobre mudar

Publicado em: 01/07/2021

Um papo sincero sobre mudar

A inovação, por si só, traz novidade, seja na forma pela qual realizados algo ou pela tecnologia usada, e exige uma mudança em tudo: das pessoas aos processos

Por Rodrigo Guerra*

Recentemente, resolvi mudar. E não estou falando de encaixotar a casa e ir morar em outro lugar, não. Mudei de carreira e de vida. Essa mudança, claro, veio acompanhada de certas ansiedades e momentos de insegurança – afinal, sou humano, e mudar dá medo mesmo. Mas, ao mesmo tempo, enxerguei um caminho claro para que eu pudesse colocar em prática algumas propostas de trabalho e de estilo de vida que antes eu não me permitia usufruir. E como havia luz nesse caminho, eu fui.

“Mudança é um trabalho duro.”

Billy Crystal

Conhecer coisas novas, negócios inéditos e culturas empresariais diferentes tem sido a melhor parte desse processo. Na prática, o tempo dedicado à mudança se transformou em uma imersão profunda em mim e no outro – mesmo que seja, em grande parte, feita pela tela do computador. Ter a oportunidade de fazer isso, no momento em que estou na minha carreira e com a experiência corporativa que eu acumulei, é muito legal. Digo isso porque sinto que estou quebrando paradigmas que eu mesmo construí antes, quando achava que só existia uma maneira de fazer determinada coisa. 

Mas vou parar de filosofar para te dar um exemplo claro. Pense na forma como decisões são tomadas na sua empresa. Agora, responda honestamente: você acha que eles seguem protocolos claros ou são simplesmente construídos pela cultura empresarial? Eu aposto na segunda opção. Em diferentes empresas, sócios e conselho ora se sentem mais confortáveis com uma forma mais livre de tomada de decisão, ora seguem regras de governança mais rígidas apenas por conta da cultura. 

“As coisas não precisam mudar o mundo para serem importantes.” 

Steve Jobs

O ponto-chave para quem, assim como eu, está em meio a um processo de mudança é ter resiliência e entender o que precisa, de fato, se alterar. Aliás, essas duas condições são fundamentais para a inovação. 

A inovação por si só já traz uma série de novidades, seja na forma pela qual realizamos algo ou pela tecnologia usada. Por isso mesmo, ela também exige uma mudança em tudo: das pessoas aos processos. E isso só é possível se você tiver capacidade de ouvir os outros para construir o novo em conjunto, para que seja bom para todos. Essa é a receita que favorece a inovação de verdade e trará desenvolvimento econômico e justiça social.

Eu sei que existem metodologias estratégicas para ajudar nesse processo, como a gestão de mudança. Mas eu continuo defendendo que a ação principal é ouvir as pessoas. Para mudar de verdade, seja um ouvinte ativo e atento e entenda bem o que as pessoas querem para, a partir disso, criar soluções inovadoras, que tragam impacto positivo para a rotina de todos.

“As coisas não mudam. Somos nós que mudamos.”

Henry David Thoreau

Nesse meu período de mudança, eu tenho focado em ter a coragem de, antes de tudo, saber o que eu não quero e abrir mão de propostas que não estão aderentes ao meu momento e ao estilo de vida que busco.  Mas, também, de potencializar tudo aquilo que eu quero, ou seja, potencializar o digital, o home office e o anywhere office. Quero ter uma vida mais livre da presença física para poder me desonerar de trânsito sem perder a oportunidade de produzir.

Sinto que é mais fácil um profissional já chegar com essas propostas claras a um novo trabalho do que tentar aplicá-las quando já está inserido em uma organização com regras consolidadas. 

E você? Está mudando também? Compartilhe comigo nos comentários, vamos conversar.

*Rodrigo Guerra é especialista em finanças e inovação. Atualmente vivencia um profundo mergulho na jornada do autoconhecimento – que deve trazer novidades em breve

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