Não seja um gado digital

Publicado em: 20/05/2021

Não seja um gado digital

Se a ideia é inovar com foco em desenvolvimento social, as lideranças não podem agir sem uma postura crítica se quiserem de fato participar da transformação de negócios

Por Rodrigo Guerra*

O líder precisa ter pensamento crítico.  Já peço desculpas de antemão: não quero soar como duvidando da sua inteligência ao fazer uma afirmação tão óbvia e batida. Mas quero compartilhar uma coisa que percebi.

Com a facilidade de acesso propiciada pela Internet, todos nós acabamos nos dedicando a coisas e conteúdos que não mereceriam nossa atenção se usássemos a mesma régua que limita o tempo gasto nas interações presenciais. Só que, apesar de mais elástico, o tempo gasto no ambiente digital ainda é um recurso escasso e, portanto, convém fazer boas escolhas de como pretendemos usá-lo para não sermos levados pela massa; para não nos tornarmos gados digitais. Acredite, por mais escolado que você seja como líder, não está livre de passar por isso. 

Estamos todos no meio de uma jornada onde, gradativamente, migramos nossas vidas do mundo físico para o digital. Basta refletir sobre a forma que hoje trabalhamos, estudamos, compramos, vendemos, consumimos, trocamos experiências, nos divertimos, nos comunicamos… tudo está em rápida transformação digital  e o processo não tem volta. Ainda bem. 

Participar da transformação digital não significa abandonar as interações analógicas, isso nunca. Mas eu tenho a impressão que somos mais críticos antes de tomar uma atitude no “mundo real” do que no digital, você não acha? Basta pensar que dificilmente alguém passaria uma informação duvidosa sem refletir antes, como o fazemos no WhatsApp.

Com a pressa imposta pela digitalização às pressas que vivemos em 2020, eu sei que houve pouco espaço para reflexões. Meses atrás, o mais importante era fazer parte dessa transformação digital de alguma forma e adiamos o planejamento para arrumar tudo o que precisa ser melhorado. Mas agora essa hora chegou. 

O momento pede uma postura crítica para sermos agentes definidores do caminho a ser trilhado. Não se permita ser programado pelo mundo digital. Não seja um gado digital. 

*Rodrigo Guerra é especialista em finanças e inovação. Atualmente vivencia um profundo mergulho na jornada do autoconhecimento – que deve trazer novidades em breve

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